Mistery at Dawn XV



Em menos de uma semana a escola parece um campo super tecnológico, bem organizado, bem protegido, com estufas e campos de cultivo, vedações a sério defesas, climatização… acho que era capaz de me adaptar a ser extraterrestre…
Vasco vai ficar a comandar… uma das prioridades vai ser estabelecer contacto com as outras comunidades humanas que restam… temos que nos organizar a uma escala global para sobrevivermos…
Zhor também cumpriu a segunda parte – no porto espacial mais próximo temos uma nave comercial do planeta Byale… armada, rápida, confortável, capaz de atravessar portais…
Gwalc’mai é um piloto experiente e irá connosco…
Os comandos parecem intuitivos … em menos de nada passo de conduzir um pónei com um carrinho de compras atrelado para uma nave capaz de viajar entre estrelas… é uma boa evolução… não sei se vai correr muito bem… nunca me dei bem com os primeiros contactos com máquinas novas… o tempo que eu levei para desemburrar e conduzir bem um carro…
A nave chamava-se Zwark… não me agradou e rebaptizámos como Zheng He… Z. sorriu, N. franziu o nariz (um belo nariz de Cleópatra vem-me à cabeça…), X. acha estranha a ideia…
N. está lá sempre a apoiar-me … é notável a força que alguém tão pequeno e aparentemente frágil tem demonstrado… já funcionamos em sintonia… até já acabamos as frases um do outro… continua a picar-me por causa de Z.
Z. é mais comedida… está próxima… é essencial à minha tranquilidade e equilíbrio… nos momentos mais difíceis e inseguros basta o sorriso dela para eu ir buscar energia e coragem… não sei o que faria se não a tivesse encontrado… todavia vai mantendo mais discrição…
X. voltou a ser a formiguinha que sempre conheci… parece mais confortável do que a liderar…
Mia e Tex vão connosco… não sei o que farão dois gatos a viajar nas estrelas mas não me consegui decidir a deixá-los para trás…
Zhor e Gwalc’mai explicam que em primeiro lugar vamos a Ghuron… um planeta rural a 2 anos luz onde estão a vender humanos como escravos e a recrutar uma divisão de tropas humanas…  
Os Ghuron são uma espécie de insectóides pacíficos dedicados à agricultura… aparentemente foram uma conquista fácil no início da expansão e como produzem alimentos e não criam problemas (nem servem para outras funções) foram integrados no império Omnayk…
Têm uma cultura rica, centrada na agricultura, com uma religião muito própria… usam roupas de couro e são grandes protectores dos animais… a língua é quase ininteligível mas apesar de poucos evoluídos conseguem apreender facilmente outras línguas…
Instalo-me no centro da sala de comando da nave com Z. e N. ao meu lado … X. ficou noutra sala com Mia e Tex…. Gwalc’mai está na consola frontal aguardando…
Os segundos passam e nada sucede… todos olham para mim… ahh… parece que tenho de dar ordem para seguirmos… esqueço-me que agora sou o comandante da nave…
A nave arranca suavemente e nem parece mover-se… um ecrã panorâmico permite-nos ver as estrelas… no cinema parece mais entusiasmante… atravessamos o portal… começo a pensar que devia ter ficado quieto na Terra…
Gwalc’mai informa que em 2 horas terrestres chegaremos a Ghuron… isto anda mesmo depressa…
Em órbita da maior das três luas de Ghuron cruzamo-nos com uma nave gigantesca que vagarosamente se afasta do planeta… Gwalc’mai informa que se trata de uma das naves que leva os humanos (talvez um milhão) … terá deixado cerca de 250 mil no planeta, os restantes já tinham sido desembarcados e transaccionados noutros pontos… são rápidos a distribuir as presas… 
Realmente é um prodígio de nave ...  terá bem 20 km de cumprimento por 15 km de largo e uns 5 km de altura... como foi possível construir uma máquina destas e arranjar uma fonte de energia para a fazer deslocar entre estrelas? De facto nós humanos estamos muito atrás na escala de evolução tecnológica...
É um posto comercial importante pelo que ninguém estranha uma nave comercial…
Irei com Gwalc’mai ao planeta… N. faz questão de ir e Z. também se disponibiliza apesar do perigo… cedo ao sorriso de Z. e por arrasto N. vai também…

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