Aos
primeiros alvores da madrugada abro a porta e vou experimentar o carro
estacionado na garagem. Não pega, claro, tinha de ser, e, por algum motivo
palpita-me que vai acontecer com todos (assumindo que há mais pessoas que
ficaram esquecidas já teriam tido a ideia de pegar num carro e procurar outros…)
Tomamos
um pequeno almoço e explico que o melhor é explorarmos a zona, procurar outros
que se possam estar a constituir como grupos de sobreviventes, encontrar alguém
que tenha a mínima ideia do que está a suceder…
Não
lhes agrada a ideia de andarem mas também não sabem o que fazer pelo que
confiam em mim (porque é que as pessoas confiam em mim se eu não confio?)
Vou
buscar um pónei que anda a pastar num terreno relativamente próximo… vai ser um
bom elemento para esta equipa…
Seguimos
até ao supermercado… não há marcas na farinha que polvilhei pela entrada… mau
sinal…
Agarro
num carrinho de compras e encho-o de bens, assim como a três mochilas…
Uma
atenção a Mia e Tex – uma manta e um abrigo de gatos vão para o carro (duvido
que aguentassem a caminhada)…
Arranjo
forma de atrelar o carrinho ao pónei (estou a ficar habilidoso para encontrar
soluções) e seguimos caminho…
Opto por
seguir pela quinta e pelas fazendas junto ao rio – vamos vendo a estrada e as
casas sem nos expormos em demasia…
Pelas
12:00 horas temos um castelo à vista… meio caminho está percorrido sem
incidentes… proponho que aguardem enquanto dou uma vista de olhos às ruas que
rodeiam o castelo… não querem ficar sozinhas…
Calcorrear
as ruas empedradas com o pónei e o carrinho de compras vai fazer imenso barulho
e deixá-lo não é prudente (ficar sem os bens e sem o pónei não me agrada…)
Dilemas…
Opto
por seguir … faltam 8 km
para o destino e o melhor é seguir… deve haver gente escondida e já devem
ter-nos visto… corremos o risco da tentação dos alimentos os levar a criar
problemas… quantos teremos escapado? E porquê?
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