Grandes poderes, grandes responsabilidades...



Quando era miúdo já gostava muito de ler e, naturalmente, a banda desenhada já fazia parte das minhas preferências.
Um personagem de quem apreciava particularmente o esforço de caracterizar um personagem que podia ser qualquer um de nós era o Homem Aranha, em que Peter Parker era um jovem com problemas de integração na escola, problemas familiares, dificuldades financeiras, inseguranças, que um dia, picado por uma aranha radioactiva durante uma visita a um laboratório adquiria grandes poderes.
Com o tempo aprenderia a usar esses poderes e a responsabilidade que os mesmos lhe conferiam. Para isso passaria pelo drama do seu tio Ben ser assassinado por um ladrão a quem Peter Parker não quis travar por supostamente não lhe dizer respeito. Durante o resto da vida haveria de se arrepender desse gesto e por mais que combate os vilões nunca se livraria do sentimento de culpa…
Gostava muito de ter tido alguma forma de poder para fazer a diferença no mundo ou partilhar com Parker a sua pequena família (a tia May, um dos mais bem construídos personagens secundários de banda desenhada…) ou a sorte com as miúdas (a infortunada Gwen Stacy ou a rebelde Mary Jane Watson…)…
Acabei com uma vida cinzenta, sem família e sem sorte ao amor… uma coisa sei sem precisar que Parker, Voltaire ou quem quer que seja o autor original da frase o diga: qualquer forma de poder traz responsabilidades associadas e grandes poderes trazem grandes responsabilidades (uma boa frase para os responsáveis nacionais, europeus e mundiais porem nas respectivas cabeças e talvez um dia deixarem de ser irresponsáveis (ou de servirem apenas e exclusivamente os grandes poderes financeiros))…

Comentários