I definitely do not like living in Lisbon ... it's a good city to visit but very tiring and with a very confusing traffic ...
Having agreed to go to work for the Presidency of the Council of
Ministers for 15 years has compensated financially and opened up other
horizons through other experiences ...
When I left easily I got another job and in the off hours I went to a degree, more to occupy my head than for other reasons ...
Lisbon is a very lonely city, nobody cares about anyone and I often
feel that a fish out of water is more comfortable than I am here ...
When my family disappeared I ended up staying here more out of self-indulgence than anything else ...
I
never really managed to overcome the passion that was destroying me
just before I moved and became more closed than ever ... there are
moments when I look like that kid who had been so many years ago alone
through the school corridors still believing that time would fulfill the
my dreams…
I ended up working alone in a cabinet in the parliament looking for
information, a job made of search boredom after searching incessantly
and with a touch of uselessness ...I do not know if I made the best option, I made money and I can do what I want but none of my dreams have borne fruit ...
To the annoyance of my bosses I stopped using cell phones - no one
called me, I spent my time in a vain hope that someone would remember
that I existed and how it never happened was more embittered than before
...
At
the end of the week I lose my books in an unsuccessful attempt to mask
the loneliness ... I end up rarely sleeping what makes me arrive
exhausted on Monday ... I also returned to give up having a vacation - I
only exist when I am working ... and although exhausted I have to continue ...
There are crossroads in life in which whatever option is made the result is indifferent ...
Definitivamente
não gosto de viver em Lisboa… é uma boa cidade para se visitar mas muito
cansativa e com um trânsito muito confuso…
Ter
aceite ir trabalhar para a Presidência do Conselho de Ministros há 15 anos
compensou financeiramente e abriu outros horizontes por via de outras experiências…
Quando
sai facilmente arranjei outro trabalho e nas horas vagas fui fazendo uma
licenciatura, mais para ocupar a cabeça do que por outros motivos…
Lisboa
é uma cidade muito solitária, ninguém liga a ninguém e muitas vezes sinto que
um peixe fora de água está mais confortável do que eu aqui…
Quando
a minha família desapareceu acabei por ficar por aqui mais por comodismo do que
por outra coisa…
Nunca
consegui verdadeiramente ultrapassar a paixão que me ia destruindo pouco antes de
me mudar e tornei-me mais fechado do que nunca… há momentos em que pareço
aquele miúdo que há tantos anos atrás vogava sozinho pelos corredores da escola
ainda acreditando que o tempo cumprisse os meus sonhos…
Acabei
a trabalhar sozinho num gabinete no parlamento buscando informação, um trabalho
feito de tédio de busca após busca de forma incessante e com um travo de inutilidade…
Não
sei se fiz a melhor opção, ganhei dinheiro e posso fazer o que quero mas nenhum
dos meus sonhos frutificou…
Para
irritação dos meus patrões deixei mesmo de usar telemóvel – ninguém me ligava,
passava o tempo numa esperança vã que alguém se lembrasse que eu existia e como
isso nunca sucedia acabava mais amargurado do que antes…
Ao
fim-de-semana perco-me nos livros numa tentativa sempre falhada de mascarar a
solidão… acabo por raramente dormir o que me faz chegar esgotado a
segunda-feira… voltei também a desistir de ter férias – eu só existo quando
estou a trabalhar… e apesar de exausto tenho de continuar…
Há
encruzilhadas na vida em que seja qual for a opção que se faça o resultado é
indiferente…
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