In an economy that works normally and naturally John owns
a bakery, after paying the expenses inherent, the salaries of employees and
saving some of the profit, goes to Marc's shoe store and buys a pair of shoes,
goes to dinner at Jenny's restaurant and
enjoy the day off going to the movies at Nicole’s.
Marc, Jenny, and Nicole follow John's example, and some
of their profits go to the grocery store, the clothing store, and, of course,
John's bakery.
The economy of that small city works well and the little
unemployment that exists is punctual and quickly surpassed.
One day Peter comes to town, an ambitious financier who
quickly convinces John that life will never get better if he continues to
invest some of the profits in the neighbors' business.
Tempted, John agrees to stop doing so and start putting
the profit into an offshore account.
Without the income from John's expenses, Marc, Jenny and
Nicole let themselves be tempted by Peter and follow John's example again.
As business profits dwindle rapidly, Peter advises his
clients to cut payrolls and lay off employees.
As money is channeled to off-shores accounts, less and
less money is being circulated and unemployment increases, less money is spent
(because it does not exist), while the city council is spending more money In
social support and invest less in community development and maintenance of
equipment (which in turn leads their service providers to yield to Peter, to
have less money, to lay off some of their workers and to reduce the salary of the remaining).
With 10% unemployment and no prospect of things improving
Peter advises the application of austerity measures by raising prices, taxes
and reducing wages, increased working hours, reduced vacation, etc ...
With less and less money to circulate and a demotivated
community with no future prospects unemployment reaches 20% with investors charging
increasingly high interest rates on companies, individuals and public
instructions that they can not afford.
The situation worsens and Peter's solution is to increase
austerity measures ...
One fine day, John closes the bakery because he has no
clients, he loses his house because he can not pay Peter the money he lent him,
he goes to unemployment with no prospect of getting out of there and no
unemployment benefit because one of the Measures of
austerity was to end it.
John ends up living on the street as a homeless man and
finds Marc, Jenny and Nicole in the same situation ...
Patrimony degrades and insecurity grows ...
What about Peter? Well,
Peter is on a Caribbean island enjoying the sun and the luxury spa's, paying all with
the commissions charged to companies and public institutions and with the
interest of the loans he has made ... he has an account packed in off-shores
and waits quietly that
the economy of the city will recover after many sacrifices to repeat the scheme
...
Numa
economia que funciona normal e naturalmente o John é dono de uma padaria,
depois de pagar as despesas inerentes, os ordenados dos empregados e poupar algum
do lucro, vai à sapataria do Marc e compra um par de sapatos, vai jantar ao
restaurante da Jenny e aproveita o dia de folga para ir ao cinema da Nicole.
Por
sua vez o Marc, a Jenny e a Nicole seguem o exemplo do John e com algum do
lucro dos respectivos negócios vão ao supermercado, à loja de roupas e, claro, á
padaria do John.
A
economia daquela pequena cidade funciona bem e o pouco desemprego que existe é
pontual e rapidamente ultrapassado.
Um
dia chega à cidade o Peter, um financeiro ambicioso que rapidamente convence o
John que nunca vai melhor a vida se continuar a investir parte dos lucros no
negócio dos vizinhos.
Tentado,
o John aceita deixar de o fazer e passar a colocar o lucro numa conta em
off-shore.
Sem
o rendimento resultante das despesas que o John fazia, o Marc, a Jenny e a
Nicole deixam-se tentar pelo Peter e seguem novamente o exemplo do John.
Como
o lucro dos negócios se reduz rapidamente, o Peter aconselha os seus clientes a
cortar ordenados e a despedir empregados.
Como
o dinheiro é todo canalizado para as contas off-shores, cada vez há menos
dinheiro a circular e o desemprego aumenta, cada vez se gasta menos dinheiro (porque
não existe), ao mesmo tempo que a autarquia da cidade passa a gastar mais
dinheiro em apoio social e a investir menos no desenvolvimento da comunidade e
na manutenção dos equipamentos (o que por sua vez leva os respectivos
prestadores de serviços a cederem ao Peter, a terem menos dinheiro, a
despedirem parte dos seus trabalhadores e a reduzirem o ordenado dos
restantes).
Com
10% de desemprego e nenhuma perspectiva das coisas melhorarem o Peter aconselha
a aplicação de medidas de austeridade com o aumento dos preços, dos impostos e
a redução de ordenados, aumento das horas de trabalho, redução das férias, etc…
Com
cada vez menos dinheiro a circular e uma comunidade desmotivada e sem
perspectivas de futuro o desemprego atinge os 20% com os credores a cobrarem
juros cada vez mais altos a empresas, particulares e instruções públicas que não
têm como pagar.
A
situação agrava-se a solução do Peter é aumentar as medidas de austeridade…
Um
belo dia o John fecha a padaria porque já não tem clientes, perde a casa porque
não tem como pagar ao Peter o dinheiro que este lhe emprestou, vai para o
desemprego sem perspectivas de sair de lá e nem subsídio de desemprego recebe
porque uma das medidas de austeridade foi acabar com isso.
O
John acaba a viver na rua como sem-abrigo e lá encontra o Marc, a Jenny e a
Nicole na mesma situação…
O
património degrada-se e a insegurança cresce…
E
o Peter? Bom o Peter está numa ilha das Caraíbas a aproveitar o sol e as
mordomias de um spa de luxo pagos com as comissões cobradas às empresas e instituições
públicas e com os juros dos empréstimos que fez… tem uma conta recheada em
off-shores e aguarda calmamente que a economia da cidade se recomponha após
muitos sacrifícios para voltar a repetir o esquema…
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